Bitcoin: baleias compram BTC e analistas apontam alta
Dados recentes mostram que algumas carteiras que mantiveram Bitcoins parados entre cinco e sete anos estão voltando a movimentar suas moedas na Binance. Essa movimentação é a maior desde julho, quando o Bitcoin começou a passar por uma fase de redistribuição, culminando em um pico de preço de US$ 124.000.
Segundo a CryptoQuant, em 4 de novembro, o indicador que mede a idade dos Bitcoins enviados para as exchanges atingiu seu maior nível desde aquele mês. O movimento começou a gerar uma pressão de venda, fazendo com que o preço do Bitcoin caísse mais de 8% na semana. Contudo, muitos analistas permanecem otimistas em relação ao futuro do ativo.
Analistas veem redistribuição do Bitcoin como saudável
Quando grandes investidores, conhecidos como baleias, transferem Bitcoin para exchanges, normalmente é para realizar lucros ou redistribuir seus investimentos após longos períodos de espera. Especialistas afirmam que isso não deve ser encarado como um sinal de queda iminente. A plataforma ArabXchain destacou que, mesmo com as transferências, o Bitcoin se manteve em torno de US$ 106.000, indicando uma redistribuição saudável.
Os analistas acreditam que, se a relação entre depósitos antigos e a nova demanda continuar estável, o preço pode subir nas próximas semanas. Apesar da correção no início de novembro, os analistas observam movimentos positivos, com um aumento constante nas carteiras de investidores que nunca registraram saídas.
Além disso, o preço médio do Bitcoin entre investidores de longo prazo subiu para US$ 78.520, sugerindo que muitos estão acumulando ativos a preços mais altos. Um analista da CryptoQuant, conhecido como MAC_D, alerta que um verdadeiro mercado de baixa começaria apenas se o preço cair abaixo de US$ 78.500, o que é considerado o custo médio das grandes posições.
Política fiscal e liquidez devem impulsionar novo aumento do Bitcoin
O mercado agora está em uma fase de expansão de liquidez, impulsionada pela expectativa de cortes de juros e pelo fim do aperto monetário. A oferta de dinheiro, medida pelo M2, também voltou a crescer, o que costuma ser favorável para ativos de risco, como o Bitcoin.
Após um período de impasse, o Senado dos EUA aprovou um projeto de lei para encerrar a paralisia orçamentária, o que teve um impacto positivo no fluxo de grana na economia. Traders acreditam que esse impasse pode ser solucionado em até três dias, o que pode trazer mais estabilidade para o mercado.
Além disso, o presidente Donald Trump anunciou um programa que distribuirá US$ 2.000 para mais de 85% dos adultos americanos, um movimento semelhante ao que aconteceu durante a pandemia, quando o Bitcoin teve uma valorização significativa, passando de US$ 6.800 para US$ 10.000 em apenas seis semanas.
Análise técnica indica aumento até US$ 112.000
Atualmente, o Bitcoin está se consolidando ao redor de US$ 105.970, reagindo a um suporte importante em US$ 104.900. Esta área é vista como um ponto crucial onde os compradores podem retomar o controle do mercado, reduzindo a pressão vendedora.
Acima desse preço, o Bitcoin encara resistências entre US$ 108.000 e US$ 112.000. Caso rompa os US$ 108.246, que correspondem a um nível de retração de Fibonacci, pode dar início a uma nova alta, possivelmente levando o ativo a testar a marca de US$ 110.000.
Entretanto, se o Bitcoin não se mantiver acima do suporte em US$ 104.900, pode haver uma correção até US$ 103.000, tornando o cenário de curto prazo um pouco mais incerto.
Ponto de vista
Atualmente, o movimento do Bitcoin pode ser visto como uma redistribuição saudável, ao invés de um sinal de fraqueza. As baleias continuam movimentando ativos, o que, muitas vezes, precede novas valorizações. O ambiente econômico está se mostrando mais favorável, com maior liquidez e estímulos sendo discutidos novamente.
Entretanto, a cautela é sempre válida. A faixa entre US$ 104.000 e US$ 108.000 será fundamental para definir os rumos do Bitcoin no curto prazo. Um rompimento forte acima de US$ 108.000 pode abrir caminho para um novo rali, enquanto a perda dessa faixa pode gerar incertezas adicionais no mercado.




